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Marido e mais dois são condenados por feminicídio de empresária em Lucas do Rio Verde

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Redação Só Notícias (foto: reprodução)

Os réus Cláudio Valadares dos Santos, Márcio Andrade dos Santos e Jucilene Batista Rodrigues foram condenados em sessão do Tribunal do Júri, ontem, pelo feminicídio da empresária Indiana Geraldo Tardett, de 42 anos, ocorrido em Lucas do Rio Verde, na madrugada do dia 31 de maio de 2021. O júri durou 18 horas e 30 minutos. Todos os réus foram condenados por feminicídio qualificado por motivo torpe e dissimulação, além do crime de fraude processual.

Cláudio Valadares dos Santos, que era marido da vítima, foi condenado a 24 anos de prisão; Jucilene Batista Rodrigues, a 21 anos; e Márcio Andrade dos Santos, a 18 anos e 8 meses.

O promotor de Justiça Samuel Telles Costa explica que o caso exigiu grande empenho institucional. “Sobretudo diante da tentativa dos réus de fraudar a cena do crime e dificultar a apuração dos fatos, inclusive com alegações infundadas de intolerância religiosa. A condenação representa a prevalência de provas legítimas sobre as tentativas de manipulação, sendo uma resposta à altura da gravidade dos crimes e o desfecho justo que a família da vítima aguardava há quatro anos”.

Conforme relatado na denúncia apresentada pelo Ministério Público, Cláudio e Indiana mantinham união estável desde 2016 e eram sócios em uma empresa do ramo de manutenção de aeronaves. Ela era responsável pela parte financeira e gerencial, enquanto ele cuidava da parte operacional. Nos dias que antecederam o crime, o casal — que já vivia um relacionamento conturbado, marcado por traições — iniciou um processo de separação, apontou a denúncia.

Por se considerar o único proprietário da empresa e detentor exclusivo dos direitos sobre o negócio, Cláudio queria se livrar da companheira a qualquer custo e, consequentemente, evitar a divisão igualitária do patrimônio, informou o Ministério Público. Cláudio entrou em contato com Márcio Andrade dos Santos, sacerdote de candomblé conhecido como “Pai Baiano”, que já prestava auxílio espiritual ao casal. Ele confidenciou que o relacionamento estava insustentável e que não bastava apenas “desamarrar a relação”, mas sim “colocar Indiana no caldeirão do satanás”.

Segundo o MP, Márcio, então, pediu ajuda a Jucilene, que também atuava com rituais de candomblé, para executar o crime. Eles foram até a casa da vítima, sob o pretexto de ajudá-la a reatar o relacionamento. O Ministério Público relatou ainda que foi o “sacerdote quem desferiu o primeiro golpe na cabeça da vítima com um facão artesanal de aproximadamente 1,1 kg, deixando-a desacordada”. Em seguida, golpeou a lateral direita do pescoço e a região próxima ao punho direito.

Conforme a Polícia Civil na época, a filha da vítima encontrou a mãe desacordada e pediu socorro informando que estava sem contato com a mãe desde sábado (29). O corpo da vítima foi localizado no quarto, com o lado direito ensanguentado, com a cabeça coberta, segurando uma faca, e com o pulso da mão direita cortado.

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